DEAAZ

doses cavalares de mesmice e paranóias concretizadas em refluxos de inconsciência


20090111

Nada contra...

Sofro de um mal incondicional que é expresso pela verbalização de minhas intenções e análise da resposta dos interlocutores, e assim evito o saudosismo, não olhando para trás, pois vivo dia após dia sem pensar.

Só existe a indecisão entre as coisas que já sei e hipóteses não cogitadas que me arrependo por antecedência. O problema de mudar constantemente de opinião é a não linearidade de seus planos, sempre subliminares - quando existem.

E conseguir aguçar o tino para sentir a cor de uma só vida não faz parte de receita para coisa alguma. E esperar o sarro para descrever o orgasmo é outra coisa a ser considerada, se você quiser conversar...

Identificar se a linha traçada está sendo seguida é muita burocracia para uma só vida. Então passo os dias me entediando diariamente e sentindo que estou perdendo tempo. Os cabelos brancos aparecem e as coisas aparentam sempre melhor para os outros. O gramado do vizinho é mais verde e cheio de mulheres bonitas.

Amorfinando as tardes com falta de palavras e atitudes vazias,
cultivo vícios como animais de estimação e me incomodo com a velocidade ímpar do limpador de pára brisa.

Outrora, dopado e sem neuras plausíveis. Compro falsas sensações nos tons que tocam John Scofield, mas as letras maiúsculas pouco significam. As pessoas me roubaram a solidão. Vícios contidos a chave e carne.

20081018

sabado 14:06

não quero
morrer uma vida sem roteiro
cometer uma gafe sem ensaio,
ou um erro igual ao outro.

minha coleção de mágoas incompletas
e beijos não roubados
continua congelada
logo abaixo dos pinguins.
sempre com fome por algo novo.

e esses dedos suturados
por não temer cacos
sangram lentamente
mesmo já cicatrizados.

qual o melhor lugar para guardar
felicidade e vontade passadas

ainda o mesmo

Faz muito tempo que não choro e nem sinto mais falta.
Essa enganação de que eu ainda não cansei de ser eu permanece até não sei quando.
Essas músicas que me atormentam suavemente satisfazem minha alma durante os minutos que duram.
Essas são vidas perdidas e nem fazemos idéias de quantas pessoas morreram durante.
Não sei se é bom ter medo da própria cabeça.
Um pouco de sangue vai bem com essa rotina.
Ponha seus braços em minhas palavras.
É preciso solidão para ser só humano?

sentimento presente 18/10/08

sem intento a curto prazo, esse agito interno
me atormenta lentamente entre os comerciais.
mas,
estive brincando de não ser mais triste

sem lástima nem regozijo,
nada apraz nem me desgosta.

estive brincando de amenizar os sentidos
evitando o que meus olhos focam
e os dedos tocam.

evadindo sem intrepidez
simplesmente aguardando passar.

cansei de quantas vezes repisei o chão
mordendo a língua por costume
e de tanto incômodo nem sinto mais dor,
simplesmente aguardo passar.

me cansei do constante esperar
e do calor
que me causa quando choca a rotina
a hipótese de algo melhor
além do que o braço alcança.

20080801

estreited

ser igual aos outros não, deves sentir o que fazer. eu fugi pra algum lugar longe de mim. ficar sem ar e normal o corpo tremendo e sal nenhum mantém a lucidez criar preocupação geral por descontrole ou fobia social e agora é paranóia viver assim é se esconder e procurar a paz onde não há mais e procurar alguma cura no canto dessas derrotas obscuras é uma tentativa um tanto obtusa e dolorosa de vitória sob o fardo de um passado atormentado que enfia estaca em coração desavisado e essa angustia natural e a mania que não deve perdurar ao criar o próprio caos: autoflagelação pra espantar o mal. e então a vitória sorri roxa nos hematomas. sua voz fria e rouca enganando a quem os olhos focam e os dedos tocam, medo de omitir para evitar mentiras. insegurança? consciência pesada talvez?

só nas córneas

antes que as coisas por fazer consumam a rotina retroativa como carnificina de tecido cerebral, mesmo que canse e conflita idas e vindas pelas mesmas esquinas e as palavras repetidas comprimidas em segredos que ecoam na cabeça e eu me esqueça do principal: insone as noites consomem horários demais, coisas demonstram mais valor por nós e a segurança no concreto que segura nossas loucuras em andares distintos das casas escancaradas repletas de vidas monótonas tatuadas na cara. fatos cotidianos ordinários.

O MESMO

Faz tempo que eu tou guardando essas tristezas avulsas debaixo do meu travesseiro como peças de quebra-cabeças para desfilar dia 7 de setembro, o dia da masturbação triste que me impulsiona pra dentro como buraco negro. Tenho tristezas parceladas em 84 meses e tou pagando algumas atrasadas sem desconto, à vista, a olhos vistos.

20080709

plágio aprimorado XVI

vontade é o dobro do que eu tenho no bolso; uma subida constante; um soluço reconhecido em cartório; e saudades promissórias.

20070331

trocar insatisfação e subjetividades alheias para andar tal qual tu anda pois mãos dadas enlaçam, envelhecem e enforcam. entre o dever cumprido e a bula cápsulas frascos tampas pelo chão falta espontanêa em pena e a cabeça intata sob a tranquilidade inócua das chaves na porta.

are you hungry? are you pagan?

peitos lúcidos despontam atrás de algodão com feixe duplo e me encaram nas pupilas. o apelo é notado imediatamente e me sinto pressionado pra fora da calça; peitos que apontam a direção inversa de onde venho. talhos dividem as bundas que fogem da calça - este lado para cima; frágil - dizem os cofres em braile. escuto esses sussurros e suspiro de vontade. constante desperdício de umidificações vaginais. e minha sede aumenta.

apraz

estou existinto em armistício com meus instintos;
durmo induzido por comprimidos que podam minhas antenas

poema para meu 27º aniversário

Algumas vezes me engano
com fachadas decentes e sorrisos de papel carbono.
Conexões intensas e completamente breves.
Porém não é motivo para angustia;
Aprendemos vendo os outros sofrendo e
evitamos como podemos.

(título plagiado-adapatado)

Aflitarritmiacardíaca (paranóia cultivada a unhas roídas e dentes)

Esses cacos da gente, espalhados pela cidade
sujam de cinza e me enchem de almas roídas;

os dias dobram esquinas e me injetam
doses cavalares de mesmice repentina.

IIIIIICIoImIuInIiIcIaIgIeIIIIII

Sou mestre em me fazer não ser compreendido.
Quanto tempo preciso para isso fazer sentido?

20080515

entre idas e gemidos longo caminho percorrido com veneno contido perdendo momentos efêmeros seria a vida o lento transcorrer de rotina que antipatiza e grita que o que há por dentro não é alento sem outro do seu e quem procura algo além se fode cada vez que tenta esticar o braço para abraçar a baioneta - como cometer suicídio? tenho uma lista que não me sai da cabeça.

20080322

talento de princípio ativo ?

eu estava me viciando lentamente nessas crises de abstinência em detrimento da saúde mental que mantia pupilas em lua cheia fixas em espera e angústia nos braços tremendo boca salivando metal cara inchada por dormir demais e que aprentava choro para transeuntes que preferem pensar por traumas - ou então ele levou um chute na cara, na altura do nariz e por sorte não quebrou nada - julgavam olhos de reprovação direcionados de cima daquela virtude momentânea que é gerada pela capacidade de conjecturar sobre a vida alheia em breves momentos de certeza mórbida, fato real que assola locutor do pensamento e açoita interlocutor. certeza mórbida que nos serve como distração da deplorável existência e baixeza espiritual devido o fato de não conseguir colocar rótulos em pensamentos impertinentes e deixar o próximo aparecer. o interlocutor responde com piscar de ambos olhos num sutil e constante foda-se a cada segundo ou menos depende do vento, mas a médica descreveu os sintomas e escreveu a receita e a bula dizia apatia, irritações cutâneas e incapacidade de se admirar por alguém.

20080310

monções honrosas

hostilizado pelo domingo chuvoso e em coma por ócio causado pelas amenas doses de adrenalina televisionada por canais abertos completamente presos e perdidos dentro da avalanche de lugares comuns que soterram o bom senso crítico escondido dentro dos espectadores de tamanha impropriedade intelectual como curiosos observando um grande deslizamento de lama ao apertar de qualquer botão e eis que ouço reclamações por ficar condicionado à troca de canais constante num ímpeto de falsa onipresença que me causa nausea e pior: de meias molhadas.

20080306

poluições noturnas

E então troca o dia pela noite e fica indecisa entre o dito e o não dito, e não há nada que prove o contrário além de sua palavra contra a minha. E nunca há vencedor nesse jogo de esconde-empurra onde os pedidos perdidos por não serem falados são trocados por vale-achados - manuscritos com letra terrível e sem valor algum - porém no calor da discussão os corações congelados se derretem e precipitam fino orvalho no forro interno da calcinha.

20080305

roteiro para rotina vulgar


trato de açoitar amores, manejo de palavras escolhidas a dedos de pé esquerdo, sem joanete e com unhas por cortar a meses. tudo tão fictício. hábitos fluentes para aqueles que têm o sarcasmo como segunda língua. hostilidade excreta dos póros?

os cabelos crescem por todos os cantos, alguns mais lisos porém não necessariamente possuidores de idéias menos emboladas. veículos que transitam restritos por leis quebradas e movidos a humanos recheados de suor e sal e cheios de dor, com meias usadas guardadas nas gavetas sem escrúpulos.

- vícios simples de lidar.

tema para terapia

quando acordo de sonhos os quais têm roteiro baseado nos esportes das cama, independente do enredo me indago o quão viciado em tatos e afagos me encontro. são atualizações constantes que acontecem e constato que a falta é superestimada para que exista a contraposição e a dicotomia se concretize com a máxima de que é a cópula imprescindível para a manutenção de seu egoísta bem-estar. notas já ouvidas antes, eu sei.

20080229

como ficar invisivel às 16:33

tire suas lentes de contato, deixe a barba crescer por duas semanas. não escove os dentes, mude o número de seu telefone, atrase seu relógio, pare no segundo degrau, pense no mar. coloque óculos escuros, levante seu capuz até cobrir o rosto e: não veja tv, não leia jornais, não acesse internet nem ouça radio, deixe o telefone tocar, não pare nos sinais, livre-se de todos botões. prenda a respiração por 6 dias e descanse no 7°.

receita para ser um idiota em 5 minutos

junte dois comprimidos brancos comprados com receitas falsas. podem ser comprados com receitas reais, porém necessariamente os sintomas para conseguir as receitas tem que ser forjados com lágrimas ou outras maneiras furta-cor de oratória. junte tudo numa panela depressão comprada com cheque sem fundos. desista de todos os botões que foram perdidos por má utilização. agarre-se à idéia de que nem todos humanos são potenciais inimigos e prováveis corações partidos. junte tudo em fogo brando e beba sem parar, até conseguir se desprender de seus limites lógicos. depois, ande ao redor da festa destilando aneurismas verbais e torcendo por alguma intervenção alheia que te possibilite agredir o interlocutor com tapas de luvas e retórica.
em caso de dúvida entrar em contato comigo.

como ficar invisivel às 16:33

tire suas lentes de contato, deixe a barba crescer por duas semanas. não escove os dentes, mude o número de seu telefone, atrase seu relógio, pare no segundo degrau e pense no mar. coloque óculos escuros, levante seu capuz até cobrir seu rosto e não veja tv, não leia os jornais, não acesse a internet nem ouça ao radio: livre-se de todos botões. prenda a respiração por 6 dias e descanse no 7°.

Antes só, agora acanhado

na verdade todos precisamos de uma verdade, todos precisamos de algo que nos faça sentir bem por tempo suficiente para que a gente consiga dar o próximo passo. bengalas, paradas para descanso: “tome fôlego e continue a caminhada”. que condição fodida, nós parecemos cachorros de nós mesmos, ganhando biscoitos e afagos a cada truque certo feito.

faz tempo que eu tou guardando essas tristezas avulsas debaixo do meu travesseiro como peças de quebra-cabeças para desfilar dia 7 de setembro (o dia da masturbação triste que me impulsiona pra dentro como buraco negro).

tenho amóstras grátis de crises do pânico parceladas em 84 meses
estou pagando algumas atrasadas sem desconto, à vista, com meus próprios olhos vistos, às vezes mudam de cor. sim, no sol. só um dono. ótima qualidade. sim, miopia. na verdade miopia te impede de enxergar de longe. quanto? 2,0 graus. ainda não estabilizou. sim, já vem com a lente de contato e óculos. ah não tá interessado? tudo bem (vou doar mesmo).


não tenho companhia e não consigo dormir com a cama vazia. não quero encher ela de estranhas com seus cortes e moldes pubianos ofertativas de entranhas e mamilos etílicos.

sinto dizer que a dor no peito é ímpar como a minha, mas posso mentir e contar verdades calçadas por virgulas e forjar adrenalina.
sou mestre em sorrisos esculpidos em gesso e também sei andar sobre gelo fino.

20070928

aditivos auditivos

me afundei nas bocas sabor lingerie que desfocam e repetem o passado por todos os cantos que encontram os póros como música para ouvidos agressivos

suicidio de parágrafo

salve-se, não espere por mim. viva sua vida e me deixe morrer a minha.
se eu me quebrar pelos olhos serei menos que alguém que vê?
com esses pedaços no rosto, na camisa, nas mãos me proponho a entender
- os sonhos plantados são cactus que nem a sede matam.

20070921

temporada aberta de têmpora colada por suor no púbis

beijos que combinam como prelúdio de gozo mútuo, sexy como umbigos invertidos pelos pubianos que engulo com gosto agarram na garganta e me tossem os pés femininos continuam lindos

corta azar

figura distante, semblante umidificado
feito boceta
ou será maquiagem?

nenhum:
-choro de bocejos

20070511

como envelhecer

dias chuvosos e cachorros levam humanos para banhos de sol como se existisse distinção da raça superior. não há e ambos sabem disso, então uma batalha é travada no silêncio. entregar-se à vitória é uma derrota?

20070226

(meshonytchoteuthis hamiltonis)

dissuadir da idéia de dissipar frankzappanianamente entre as idéias repetidas e difundir o convite para o bolero terrível: desafiar hábitos

20070225

monólogo e vocativo

indeciso entre ser convencido e o típico caso de suicidio que eu me identifico:
quanto tempo perdido preciso pra isso fazer sentido?
-desistam

20070219

³ adjetivos amenos

ignora o semblante

que adora

e afaga

e ataca,

:autonomia cercada de esquinas constituídas de cimento e eufemismo.

-cotidiano de adjetivos amenos e vício.

20070215

sinto segurança ao guiar por via de dúvida

idas e vidas findam e o ontem idem

extinção ou outras opções

nos condicionamos ao comum maquiado de aceitável-individualizado ou somos condicionados

vodka derrota

espere porte de copo que sua em meio aos avulsos penso em quantos algarismos numeram vontades imediatistas que frio sentem

torrencial

passar interessado em seu relógio biológico te distrái e os atrativos corrompem
a mente não linear rascunha sem pauta como letras redondas e os narizem escorris

vaidade de benfeitor

imitar alguém liberto de valores perversos e deixar sinceridade nua sem refletir - o que o outro sente quando pensa que precisa de ajuda - é estender sua mão para sí

conspiratória na terceira do plural

de madrugada o subversivo veio à tona compreendido entre várias formas de não se ver e obrigações por tempo determinado, e sem notar arrepende-se (como se a insônia exorcisasse o dia)
-a proibição não aproximou o indivíduo dos seus iguais.

20070214

la birinta

-antes ou depois do banho? ela: depois é melhor. eu: vai lá que estou aqui. ela:com você? eu: claro. >banho<

20070205

etc. e afins

nada é mais maleável que a verdade

offeriado

tempo ilusão em flor da pele primavera que incendeia rastejando entre as pedras no caminho
bronzeado cinza no constante dia a dia

whores for fold

sem papo em período refratário

egologias em rumo

saber se virar com o tempo que tem é vantagem de quem notou que não há nada a se preocupar durante a espera que parece angústia de convés à pique de tudo aquilo que o após reserva na beira de madrugadas insones contra a cabeça em custódia que anseia noite adentro como se o sono atentasse contra a cama

20070201

certidão

escrotidão de nascimento em vigor sem prévia de fim como suor destilado em bílis

20070127

tu pode me derrubar

divergir é um querer que grita e me agita e o que seria a vida sem morde morde sufoca embaixo do céu que sibila e esconde algo sutil hostil e perdida pintada de ontem feito fosse nada presenteava qualquer com amor entre as pernas rosadas macias como um túmulo ideal - pisam me quatro seios

33° segundo

são só os corpos que querem se enganar-acomodar em prazer numa volúpia fugaz vulgar
e mesmo as tetas que não me permitem acesso admitem interesse em passivo desdém mal disfarçado

20070126

foda seu próximo como gostaria de ser fodido

é a cabeça, às vezes inimiga de qualquer vontade expressa em auto sabotagem: indício de covardia intensa - sem se dar conta de que a imagem externa fica impressa na areia a mercê de olho-vivo e opinião alheia
essa que se flagela em desprazer proposital, desvanecer vontades e incrementos bestiais aos quais acorrentada sem precedentes em consumismo p
ioneiro
as coisas estão sempre no caminho e sempre há algo que precisa ser feito ou caso contrário te riscam do mapa


ambient depress

belissimas palavras vazias, constante interferir liberdade alheia felicidade e quantas verdades deixadas pra trás entre ideologias que só duram o tempo da estadia em tudo que se diz com a boca do momento
ilusões de ótica que é de nem deus achar como embevecer e descer as tangentes das escadas caracolizadas sem ajuda alguma na concretização do amor em atos de corações em pedaços independente de quem esteja presente amor ilhado no passado é frágil todo amor é volátil

insegurança :

grande caso se irritar com pouco, criar padrões de postura desejada e expectativa em pessoas diferentes que se ofendem à toa e desconfiar e acreditar em fofoca alheia. (existe própria?) falta respeito e tempo entre posicionamentos direitos e esquerdos.

haja hoje

nada que a conveniência ensine pode ser usado por vós que assim seja e que a magia aconteça

contos loucos de ralégria

pensei em sol:
-e ai?
-pouco importa o que faz de quem quer que eu seja; desprezo!
e disse ele:
-não ouvi e não gostei.
>o som da palavra errada é mais alto e voraz<

10:30 you're in

atores ruins atrás de emoções honestas geram expressões funestas e acrílicas em retumbantes curvas esféricas

veja-du

desafiar o senso de razão já lesado pelos meios de idiotização ainda não aposentados pelas boas maneiras de entretenimentos idiossincráticos e cretinocratas ilusões em mudanças que envolvam finanças

aluguel de almas

ouça meu sorriso ao morrer enforcado no telefone sem fio

20070123

expressão do inexprimivel

inenarrável acontece ao engasgar-se com o ar que alimenta como um vício mas agora te censura entre as batidas sem ritmo numa última e desesperada tentativa de agarrar-se à vida que despede com um abraço de saída

20070122

fuga 3 em sí menor

a miséria é uma borboleta presa do lado de dentro da janela chocando-se contra o empecilho invisível que a impede de alcançar a plenitude contida na visão da liberdade

20070119

animais não devem se portar como humanos

céu liquefeito em marteladas desconsideráveis pela visível falta de mira ou ritmo de dentro da gaiola com teto de céu pintado em papel aluminio

extrema unção para um overdrive amador

tenho algo contra a forma geométrica da armação dos óculos das pessoas que eu não gosto

premieré ejaculation du quote

epilogo quotidiano crivado de diamantes cultivados com luxúria e gel lubrificante

tabboom

blue moon blue mood sentimetal mud


segredos do caminho da mão esquerda

gritos de despenco de andares pares e o gosto de terra molhada por chuva de gotas grandes que secam ao bater no asfalto quente como lágrima doce de sede caindo na contramão inglesa de duas faixas e placas de é proibido ultrapassar

tributo ao oposto

todos valentes pelos genes mas incapazes de pensar por opção e agora libertos por falta de provas pela acusação de assassinato dos meus amigos imaginários
não houve velório nem velas mas há quem exija um toque zen portanto imposição de lótus

the rise of the silver sofist

respirando vivo e já é tarde estou cansado de fechar os olhos quando o melhor começa me entedio

20070118

repetição constante:
sutil
suicidio
outrem

20070117

impar ou impar

impassivel jardim de envergar amores em banquetes no céu que de noite acorda e sibila indócil como espasmo e morde a língua até sangrar e doce dorme amamentando-se em comensal-suicidio compulsivo

background por tras

entre falsetes dublados você pode ser qualquer música em outra dimensão - características barangas já vem com adjetivos etiquetados: doe montanhas

18.90

fraco e banal como alguém que se esquece de ligar o alarme enquanto a indecisão é tomada à plenos pulmões no início de cada frase como um soluço incontido em pensamento enquanto a fome autovaloriza aos custos de humor equilibrado na beira do muro com vontade de pular

apelidos putos

como se sentem as cadeiras ajoelhadas aos pés da mesa em constante mesura de forçada hierarquia velada em profundo silêncio e desejo por chances além do alcance de braços imóveis
aguardam bundas alheias

20070116

vaidade marcada

soldados de alcaçuz destilam gafes no atacado e morrem em tréguas-desfile nas anáguas que escorrem buracos silenciosa tortura que emancipa lágrimas coloridas ensaiadas com a mão errada

ex critório

suor tatuado na testa como constante em equação de óleos e olhos cansados no decorrer e decorar a própria cela com papel crepom ao afogar as palpebras em café como exorcismo sutil desafivelando cintos de segurança quando a paciência suicida clama por eutanásia na cama

20070115

dreamscapes

sonho sutil meia luz penumbra imóvel como pesadelo em 3x4 preto e preto

pense duas vezes idéias de terceiros

senhas e segredos mantidos em manuntenção constante mentidos e desmembrados em fardos pesados mas tão fácil aceitamos opiniões vazias

os mesmos labels

viciado em corredores de emancipar cordilheiras por acreditar em beiradas quando não há onde segurar, passamos pela vida digerindo doses cavalares de mesmice, mas o som da palavra errada é mais alto e voraz

zzzZZZ

as montanhas escondem coqueiros bidimensionais nas esquinas de barganhas e modas vistas através de mentiras eloquentes que arrepiam a nuca como carinho e água fria

para belém só

coração escondido na manga procura a mesma chance das cidades que descobri entre favores indevidos e sussurros contidos em palavras que não escuto bem, mas sempre dizem o que não quero ouvir
por todo dia que vira ontem e emancipa o amanhã precipitado entre pensamentos que fixam pés doídos e se assentam preocupados até a morte ébria onde todo sentir é um doer dissimulado sob o mesmo sol

20070112

secretárias eletronicas constrangem

eis aqui o que me aflige, serei tão claro quanto a esfinge - as sensações são uma parede e a poesia vai por cima

divideculparacompactaramargura

nonsenseschoolingme

20070111

ensaio pra pensamento errado

diplomatizar verdades advindas do acaso etílico por interesse alheio e curiosidades sorrateiras compartilhadas por olhos que gesticulam sussurros aos pés do travesseiro

ego-fragmentos na 1ª do plural


me indago ao mascar aftas de uva que pensamos por espelhos e logo vejo indagação alguma, mas começar é um bom começo.